ASPECTOS DO POTENCIAL MEDICINAL DA FLORA BRASILEIRA

Autores

  • Jorge Luiz Cambui MELLI Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Universidade de São Paulo
  • Guilherme ALEONI Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Universidade de São Paulo
  • Lindolpho CAPELLARI JR. Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Universidade de São Paulo
  • Walterly Moretti ACCORSI Laboratório Fármaco-Botânico Prof. Walter R. Accorsi Ltda. Me

Palavras-chave:

Plantas Medicinais, Flora Brasileira, Biodiversidade

Resumo

Devido às dimensões continentais de seu território (8.514.876 km²) e a um clima extremamente favorável, o Brasil é um país riquíssimo em biodiversidade, que se distribui em sete grandes Biomas (Amazônia, Floresta Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal). Essa imensa riqueza biológica reflete, sem dúvida, no potencial medicinal de inúmeras espécies vegetais. O pesquisador alemão Carl Friedrich Philipp von Martius em sua obra "Systema materiae medicae vegetabilis brasiliensis" (1874) relata 470 plantas medicinais do Brasil. Ele ainda afirmou que “as plantas brasileiras não curam, elas fazem milagres”. Com todo esse patrimônio biológico, o Brasil ainda sofre com políticas inadequadas de preservação e áreas enormes são desmatadas atualmente, ainda que esse índice venha caindo nos últimos anos. Além disso, boa parte das plantas medicinais empregadas no Brasil é constituída por espécies exóticas, algumas das quais são cultivadas (calêndula e camomila, por exemplo) aqui e outras são importadas (hamamélis, arnica, hipérico e valeriana, por exemplo). Numerosas pesquisas estão sendo realizadas com as plantas medicinais brasileiras e publicações de seus resultados estão frequentemente sendo concluídas, entretanto, na atual Farmacopéia Brasileira há um número muito reduzido de espécies. Apesar de todas estarem em farmacopeias de países renomados (Alemanha, França e Itália, por exemplo), falta ao Brasil maiores incentivos na pesquisa científica sobre as propriedades das plantas medicinais brasileiras de forma a incentivar o extrativismo sustentável, sem grandes prejuízos, e estudos agronômicos de propagação, cultivo e manejo.

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Publicado

01/04/2016