POTENCIAL FARMACOLÓGICO DA RESINA OLEAGINOSA DE COPAÍBA (Copaifera langsdorffii Desf.)

Autores

  • T.Y. Patriani Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
  • L. Capellari Jr. Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
  • F.O.G. Gaspi Centro Universitário de Araras Hermenio Ometto

Palavras-chave:

Copaíba, Resina Oleaginosa, Planta Medicinal

Resumo

Popularmente denominada copaíba, Copaifera langsdorffii é uma espécie caracterizada por grandes árvores nativas, da família Fabaceae (= Leguminosae), que começou a ter seu uso em difusão no século XVI, quando os colonizadores europeus chegaram ao Brasil e aqui a encontraram. Porém a copaíba já era conhecida e utilizada há séculos por povos indígenas devido ao seu potencial farmacológico, mesmo sem o conhecimento efetivo das propriedades químicas que a caracterizam como uma planta medicinal. As análises relacionadas à composição química da resina oleaginosa da copaíba a fim de testar a eficiência dos empregos revelados pela medicina popular foram viabilizadas pelo avanço das ciências e, consequentemente, dos métodos científicos e das análises laboratoriais. Pesquisas recentes realizadas com essa resina indicam alta quantidade de compostos sesquiterpenos em sua parte volátil, em destaque o beta-cariofileno (50-52 %) e em sua fração fixa (resina), predominam ácidos diterpênicos, em destaque o copálico. Pesquisas como essa, relacionadas aos compostos químicos que conferem à espécie características de planta medicinal, revelam grande potencial antimicrobiano, anticancerígeno, anti-inflamatório, antisséptico, analgésico, antioxidante, cicatrizante e antiblenorrágico. Outras aplicações são difundidas, porém sem fortes indícios de eficiência. O presente projeto tem como objetivos realizar estudos farmacológicos, botânicos, ecológicos e sociais relacionados a Copaifera langsdorffii e sua resina (“óleo-de-copaíba”) utilizando, para tanto, os conhecimentos transmitidos por gerações entre os povos nativos junto aos avanços científicos relacionados à fitoterapia. Em paralelo a isso o trabalho busca fomentar o debate sobre o uso compulsivo de medicamentos químicos desenvolvidos em laboratórios das indústrias farmacêuticas no tratamento de enfermidades quando estas podem ser prevenidas, atenuadas ou tratadas com plantas medicinais nativas como a espécie aqui estudada. Para as análises desse projeto as amostras foram coletadas em indivíduos de um remanescente de Floresta Atlântica, no município de Santa Bárbara d’Oeste/SP, às margens do Rio Piracicaba, cujo proprietário da área, de ascendência indígena (Sr. Rosivaldo Pereira dos Santos) faz usos terapêuticos diversos dessa resina oleaginosa.

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Publicado

01/04/2016