SCREENING ANTIPROLIFERATIVO DE COMPOSTOS NATURAIS EM PAINEL DE CÉLULAS TUMORAIS

Autores

  • Yollanda Edwirges Moreira FRANCO Universidade São Francisco- Bragança Paulista- SP
  • Marcela Rosa NUNES Hospital de cancer de Barretos- Barretos-SP
  • Viviane Oliveira Silva SAITO Hospital de cancer de Barretos- Barretos-SP
  • Rui Manuel REIS Hospital de cancer de Barretos- Barretos-SP
  • Pollyana Hammoud Dias Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. São Vicente-SP, Brasil
  • Claudia Q. ROCHA Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Departamento de Química- São Luis- MA
  • Giovanna Barbarini LONGATO Universidade São Francisco- Bragança Paulista - SP

Palavras-chave:

flavonoides, câncer, atividade antiproliferativa, MTT

Resumo

Introdução: A elevada morbidade provocada pelo câncer justifica a busca de novas drogas que possam atuar mais seletivamente sobre os mecanismos de morte celular. Desde os tempos remotos, as plantas aparecem como potenciais fármacos na quimioterapia e, neste âmbito, os flavonoides apresentam considerável interesse científico e terapêutico, estando envolvidos na prevenção de tumores. Objetivo: Inicialmente este estudo visou avaliar a atividade antiproliferativa de 25 flavonoides e, posteriormente, investigar a atividade antitumoral do composto mais eficaz (FLAV5) no processo de migração replicação e mecanismos de morte celular na linhagem mais sensível, denominada U251 (glioma). Metodologia: Ensaio antiproliferativo: as linhagens tumorais (5000 céls/poço) foram semeadas em placas de 96 compartimentos e tratadas com os flavonoides (1.6–100 μg/mL). Após 48h, as células foram coradas com MTT (0,25 mg/mL), sendo calculado o valor de GI50 (concentração que inibe 50% do crescimento celular) dos compostos. Migração celular: as células (1x106 células/poço) foram semeadas em placa de 6 compartimentos. Após atingirem 100% de confluência, foi feita uma ranhura e as células foram então tratadas com FLAV5 (3 μg/mL), sendo as placas fotomicrografadas nos tempos 0 e 48h para observação do fechamento da ranhura. Replicação celular: as células (5000 céls/poço) foram semeadas em placas de 6 compartimentos em solução ágar+RPMI, tratadas com FLAV5 (3 μg/mL) a cada três dias, sendo que ao final de 21 dias as células foram fixadas com formaldeído (0,005%) e coradas com cristal de violeta, sendo contadas as colônias. Mecanismos de morte celular: As células foram tratadas (12 μg/mL- 24h) e avaliadas através de citometria de fluxo para ensaios de ciclo celular, apoptose/necroptose e despolarização da membrana mitocondrial. Resultados: FLAV5 apresentou valores baixos de GI50 para as linhagens tumorais avaliadas, sendo a U251 (glioma) a mais sensível. Este composto foi capaz de inibir a migração celular, sendo que ao final de 48h apenas 27% da largura da ranhura havia sido fechada (vs. 95% do controle). Além disso, FLAV5 reduziu em 82% o número de colônias formadas. Os mecanismos de ação sugerem que o composto é capaz de induzir despolarização da membrana mitocondrial, além de indicar morte por apoptose tardia/necroptose, porém, não foi capaz de induzir uma parada do ciclo celular. Conclusões: FLAV5 apresentou promissora atividade antiproliferativa in vitro.

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Publicado

01/04/2017