INTRODUÇÃO E PRÁTICA DE LIANG GONG POR USUÁRIOS DA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Resumo

O envelhecimento leva a perdas das funções físicas, sociais, e o comprometimento da capacidade funcional, acarretando uma ameaça à autonomia e saúde de uma pessoa. Entretanto, a população idosa busca a qualidade de vida por meio do autocuidado. Novas ações de promoção de saúde, como a prática corporal chinesa Lian Gong inserida no programa Estratégia de Saúde da Família (ESF) colaboram para a prevenção e como complementar ao tratamento de doenças. Criado em 1974 em Xangai, pelo médico ortopedista e traumatologista Zhuang Yuen Ming. No Brasil teve início em 1987, através da professora de Filosofia e de Artes Corporais Chinesas Maria Lú- cia Lee. Treina e exercita buscando; consciência corporal, alongamento, flexibilidade, evitar atrofia muscular e estimular a coordenação motora. Objetivo: Identificar as doenças osteoarticulares autorreferidas, e as expectativas dos iniciantes à prática Lian Gong na Unidade de Saúde da Família (USF). Metodologia: Estudo transversal, exploratório, descritivo. Amostra composta por 9 idosos, faixa etária entre 63 e 76 anos (média de 67,66 ± 4,15 anos) de ambos o sexo, usuários de uma USF do município de Piracicaba, São Paulo. Durante a triagem médica, antes de iniciarem a prática do Liang Gong, aplicou-se um questionário sobre dor crônica, composto por 5 questões e um pictograma do corpo humano para assinalar os locais de maior dor. Resultados: Todos os usuários (9) relataram não ter praticado anteriormente o Lian Gong, além de apresentarem dores que iniciaram há mais de 6 meses, em uma ou mais regiões do corpo, sendo mais frequentes na região lombar (21,95%), seguida da região torácica (26,83%), joelhos (12,19%), e ombros (12,19%). Os participantes informaram que fizeram algum tipo de tratamento para a dor, sendo os mais usados medicamentos seguidos pela fisioterapia. Considerações Finais: Recomenda-se a prática do Lian Gong, devido aos benefícios oferecidos aos praticantes colaborando para melhoria na qualidade de vida. Sugere-se realização de novos estudos que envolvam um maior número de participantes, e investiguem outras variáveis e associações no contexto da Estratégia de Saúde da Família.