ADUBAÇÃO ORGÂNICA, PELO MÉTODO EQUILÍBRIO DE BASES, NO PROJETO FARMÁCIA VIVA DE CAMPINAS-SP
Palavras-chave:
plantas medicinais, fertilização, cultivo, rede sócio-técnicaResumo
A CATI – Coordenadoria de Assistência Técnica Integral da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento juntamente com o Grupo de Fitoterapia do Laboratório de Práticas Alternativas, Complementares e Integrativas em Saúde LAPACIS – FCM/Unicamp, tem contribuído para a implantação do Projeto Farmácia Viva em 16 Unidades de Saúde de Campinas-SP. Foram realizadas capacitações sobre o cultivo de plantas medicinais e a recomendação de adubação orgânica para as hortas utilizando o Método Equilíbrio de Bases que vem sendo adotado pelos produtores orgânicos assistidos pela extensão rural da CATI. Foram realizadas coletas de amostras de solo nas unidades de saúde, as quais foram submetidas às análises física e química. A recomendação para a adubação foi realizada conforme os resultados de cada análise de solo, ou seja, considerando os teores de macro e micronutrientes e as texturas físicas determinadas para cada unidade. Foi calculada a necessidade de correção de cada nutriente por meio do Equilíbrio de Bases que considera a relação das proporções dos nutrientes do solo orgânico. (Albrecht citado por Zimmer 2000). Os corretivos foram selecionados considerando sua qualidade e disponibilidade no mercado regional. Para o cálculo da quantidade de adubos foram necessários vários ajustes, especialmente na quantidade de micronutrientes e na relação CA/Mg. Por isso, para a correção da relação Ca/Mg foi selecionado um produto a base de algas; para a correção do teor de fósforo foi indicado a farinha de osso e para os demais macronutrientes e micronutrientes, foram recomendados composto orgânico, pó de rocha e o ácido bórico. Observou-se que houve significativas diferenças de fertilidade e de textura do solo entre as unidades de saúde conforme sua localização e tipos de manejo adotados.