CONSTRUÇÕES E DESCONSTRUÇÕES EM TORNO DO ATELIER DE ENSINO DE ARQUITETURA
Palavras-chave:
Ensino de arquitetura, Arquitetura Modernista, Profissão do ArquitetoResumo
A questão ser e/ou permanecer “moderno” entrou em debate na exposição Encore moderne? Architecture brésilienne 1928-2005, apresentada em Paris e publicada no Brasil por meio de um catálogo que compilou projetos que retratavam um “modernismo em movimento”. Em continuidade a esse debate, questionou-se: permaneceria também “moderno” o atelier de ensino de arquitetura? Nesse contexto, o artigo objetiva estudar o atelier e as propostas agregadas a ele nas décadas de 1970 e 1980. Parte-se do conceito definido para esse espaço de ensino pela ‘Comissão de Estudo do Atelier’ de 1962, revisitado pela crítica perante os canteiros de obra da década de 1970 e o redimensionado segundo a prática proposta pelos laboratórios de habitação da década de 1980. Esse olhar panorâmico quanto ao ensino em atelier acompanhou os debates sobre a contribuição social do arquiteto, de modo que suas críticas se fizeram em constante sintonia com as modificações da profissão. As experiências que exploram canteiro e laboratórios buscaram ações em contato direto com a realidade profissional, demonstrando um intrínseco debate com o atelier e a constante necessidade de uma revisão disciplinar dos espaços de ensino.