CONSTRUÇÕES E DESCONSTRUÇÕES EM TORNO DO ATELIER DE ENSINO DE ARQUITETURA

Autores

  • Fernando Shigueo Nakandakare Universidade Estadual de Campinas

Palavras-chave:

Ensino de arquitetura, Arquitetura Modernista, Profissão do Arquiteto

Resumo

A questão ser e/ou permanecer “moderno” entrou em debate na exposição Encore moderne? Architecture brésilienne 1928-2005, apresentada em Paris e publicada no Brasil por meio de um catálogo que compilou projetos que retratavam um “modernismo em movimento”. Em continuidade a esse debate, questionou-se: permaneceria também “moderno” o atelier de ensino de arquitetura? Nesse contexto, o artigo objetiva estudar o atelier e as propostas agregadas a ele nas décadas de 1970 e 1980. Parte-se do conceito definido para esse espaço de ensino pela ‘Comissão de Estudo do Atelier’ de 1962, revisitado pela crítica perante os canteiros de obra da década de 1970 e o redimensionado segundo a prática proposta pelos laboratórios de habitação da década de 1980. Esse olhar panorâmico quanto ao ensino em atelier acompanhou os debates sobre a contribuição social do arquiteto, de modo que suas críticas se fizeram em constante sintonia com as modificações da profissão. As experiências que exploram canteiro e laboratórios buscaram ações em contato direto com a realidade profissional, demonstrando um intrínseco debate com o atelier e a constante necessidade de uma revisão disciplinar dos espaços de ensino.

Biografia do Autor

Fernando Shigueo Nakandakare, Universidade Estadual de Campinas

Fernando Shigueo Nakandakare é arquiteto e urbanista formado pela
Universidade Estadual de Campinas. Premiado com o prêmio Joaquim Guedes
por seu Trabalho Final de Graduação, foi encaminhado como representante do
curso para o Concurso Ópera Prima. Durante a graduação realizou uma série de
outros concursos, no qual foi premiado com a menção honrosa no concurso da
Bienal Internacional Iberoamericana e no concurso Irradiar Coimbra. Possuiu
formação complementar pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da
Universidade de Coimbra e Extensão Universitária como formador em
incubadoras tecnológicas pela Universidade de Campinas. Atuou com projetos
dentro do campus universitário pelo Escritório Modelo da Unicamp (Emod), e de
extensão universitária pelo Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (Emau)
e pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP). Mestre pelo
Programa de Arquitetura, Tecnologia e Cidades na área de Arquitetura e
Urbanismo, com ênfase em Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo,
desenvolve pesquisas nos seguintes temas: ensino de arquitetura e urbanismo,
arquitetura brasileira, arquitetura modernista e laboratórios de habitação.

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Publicado

01/10/2019