COMPOSIÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO ÓLEO ESSENCIAL DAS FOLHAS SENESCENTES DE CÚRCUMA LONGA L.
Palavras-chave:
Açafrão, Óleo essencial, AntimicrobianoResumo
A folha de Curcuma longa L. (açafrão) é um produto residual durante as operações de colheita da raiz. Tradicionalmente, essas folhas, são amplamente utilizadas na culinária, são aromáticas e contêm óleo essencial. A produção brasileira de açafrão está concentrada nos estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Este estudo teve como objetivo determinar a composição química das folhas senescentes de um banco de germoplasma contendo 36 acessos em São Paulo, a fim de selecionar as melhores plantas e avaliar a atividade antimicrobiana dos óleos essenciais obtidos a partir de suas folhas senescentes. O teor de óleo essencial variou de 0,27 a 1,01% e foram identificadas por cromatografia gasosa 17 substâncias, que representaram 97% dos compostos identificados. Deste total, os principais compostos encontrados no óleo essencial foram os monoterpenos (91 a 94,5%). O α-felandreno foi o principal composto (variando de 20,7% a 31,1%), seguido do p-cimeno (19,2% a 30,8%), do terpinoleno (12,8% a 20,1 %), 1,8-cineol (8,1% e 13,2%), limoneno (4,2% a 5,2%), β-pineno (2,4% e 4,8%), mirceno (2,4% a 3,4%), a- pineno (1,6% a 3,1%) e o d-3-careno (1,2% a 1,6%). O banco de germoplasma pode ser agrupado em três grupos distintos de acordo com as características químicas dos óleos essenciais das folhas senescentes, sendo cada grupo 1,2 e 3 representado aleatoriamente pelos respectivos acessos 22, 30 e 10. As propriedades antimicrobianas do óleo essencial testadas para os microorganismos Enterococcus hirae, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermides, Salmonella enteritides, Pseudomonas aeruginosa e Candida albicans apresentaram potencial uso com CIM de 2 mg / mL apenas para Enterococcus hirae, Escherichia coli e Staphylococcus aureus.