POLÍTICAS EDUCACIONAIS E O TILS NO ESTADO PARANÁ

Autores

  • Roberto Bernal MAZACOTTE Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE
  • Eliane Pinto de GOÉS Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE

Palavras-chave:

Tradutores Intérpretes de Libras/Português (TILS), Políticas educacionais, Educação Inclusiva

Resumo

A educação inclusiva é tema de discussão desde a década de 1990, a política educacional brasileira preconiza a inclusão na rede regular de ensino, nesse bojo encontra-se os surdos e inerente a eles a questão da diferença linguística, está sendo sua condição formativa, cultural, politica e social, assim caracteriza-se a educação bilíngue de surdos. A Educação Inclusiva e a Educação Bilíngue são perspectivas dicotômicas que não se anulam na política nacional, no entanto, na prática, diversas interpretações são formuladas e implantadas nos estados e municípios. Nesse cenário encontra-se o Tradutor Intérprete de Libras/Português (TILS), sua atuação está contemplada nas perspectivas anteriormente citadas, entretanto sua esfera de atuação e perfil profissional pode variar significativamente de acordo ao modelo adotado. Neste trabalho apresentamos algumas reflexões sobre o perfil dos TILS apresentados nos documentos oficiais da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte do Paraná (SEED-PR), de antes, e agora deste momento de pandemia, analisando para onde eles apontam pensando no TILS pós pandemia. Utilizou-se da análise Foucaultiana do discurso, visando a mobilizar o papel do estado, a categoria funcional dos TILS e o atendimento aos estudantes surdos. A analise apontou o trabalho do TILS passa de uma atuação intencionalmente “neutra” e técnica para uma atuação de tutoria do acesso dos estudantes surdos ao conteúdo programático, em todas suas dimensões. Concluímos que a atuação do TILS esta intrinsecamente ligada à comunidade surda, com a necessidade do isolamento social a língua de sinais passou a ser para os surdos e não dos surdos.

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Publicado

01/10/2020