LIBRAS COMO DISCIPLINA OBRIGATÓRIA NAS LICENCIATURAS

RESISTÊNCIAS, ENCONTROS E DESENCONTROS

Autores

  • Ruth Maria Rodrigues GARÉ Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Palavras-chave:

Licenciatura, Currículo, Cursos

Resumo

Esperar-se refletir sobre o que tem sido a inserção da disciplina de Libras (Língua de Sinais Brasileira) nos currículos de licenciaturas nas instituições de ensino superior. Apesar de ser um componente linguístico amparado pelo Decreto 5626/2005, o docente de Libras nas IES se vê confrontado com uma difícil tarefa, isto porque, não é possível esperar fluência da língua pelos discentes em um pouco mais de 30 horas durante um semestre. Além disso, mobilizar os saberes necessários para que os futuros professores consigam pensar em estratégias de ensino-aprendizagem em contexto de inclusão, não é tarefa fácil. A disciplina que geralmente é colocada no final dos cursos, compete também com o estresse e as atenções dos alunos preocupados com o TCC (Trabalho de Conclusão do Curso). Assim, neste espaço de resistência, poucos são os que realmente se interessam pela disciplina e tentam, inclusive, dar prosseguimento em cursos depois da graduação. Desta forma, coaduna-se com a visão da professora Dra. Audrei Gesser (2012, p.127)), de que é preciso aproveitar essa oportunidade para falar da Língua e das questões culturais que estão atreladas ao ensino da Língua, para a linguista é preciso sensibilizar “(...) os alunos para o mundo visual que se faz na e através da língua de sinais.” O encontro com diferentes estratégias de ensino de diferentes disciplinas promove uma desconstrução produtiva: a necessidade de o futuro professor se preparar para fazer a diferença na vida escolar de seus futuros alunos surdos ou deficientes auditivos.

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Publicado

01/10/2020