ENSINO BILÍNGUE PARA SURDOS E FORMAÇÃO DOCENTE
LACUNAS ENTRE TEORIA E PRÁTICA
Palavras-chave:
Ensino bilíngue, Formação docente, Atendimento Educacional Especializado para surdosResumo
A exigência de formação docente pautada na especificidade do aluno surdo, geralmente, é fonte de entraves que levam à crescente demanda por profissionais qualificados. A exigência é pelo professor bilíngue (Português/Libras) que ensine Língua Portuguesa para alunos surdos tendo a Libras como língua de instrução, considerando a sua especificidade linguística de expressão e a Língua Portuguesa como L2 na modalidade escrita. Nesse viés, o presente estudo, em estágio inicial, tem como objetivo geral investigar as lacunas entre teoria na formação e prática no Atendimento Educacional Especializado para Surdos – AEES, além de discutir questões referentes ao desafio da educação bilíngue – Libras como L1 e Língua Portuguesa como L2, na modalidade escrita – e refletir sobre as práticas educativas no AEES. O cenário de pesquisa é o AEES de duas escolas estaduais de uma cidade do interior mineiro, tendo os professores que atuam nesse contexto como participantes da pesquisa. O quadro teórico que orienta a pesquisa sustentase em estudos sobre formação de professores e educação bilíngue para alunos surdos, quais sejam os estudos de Damazio e Alves (2010), Godoi (2019), Karnopp (2012), Lodi (2004), Wisch e Bolzan (2017) dentre outros autores, e ainda alguns documentos oficiais, a Lei 10.436/02, o Decreto 5.626/05 e o Decreto 7.611/11, fundamentarão as discussões. A temática proposta evoca atenção para uma série de desafios que permeiam o processo de formação de professores para atuar na perspectiva bilíngue na oferta do AEES, uma vez que a promoção de condições de acessibilidade ao aluno surdo se pauta na instrumentalização linguística.