FARMÁCIA VIVA

INVISIBILIDADES PRODUZIDAS POR FRONTEIRAS ORGANIZACIONAIS

Authors

  • Renata Cavalcanti CARNEVALE Departamento de Saúde Coletiva- Faculdade de Ciências Médicas- UNICAMP
  • Nelson Filice de BARROS Departamento de Saúde Coletiva- Faculdade de Ciências Médicas- UNICAMP

Keywords:

Farmácia Viva, Plantas Medicinais, Fronteiras

Abstract

Apesar das plantas medicinais e fitoterápicos estarem incluídos no Sistema Único de Saúde e do programa da Farmácia Viva (FV) estar instituído desde 2010, há fronteiras que levam a uma pequena visibilidade da fitoterapia. O objetivo deste trabalho é compreender as fronteiras organizacionais identificadas por gestores do Programa das Farmácias Vivas no SUS. Inicialmente foram identificados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) 28 estabelecimentos em 19 municípios cadastrados no Brasil. Em seguida foram realizadas três entrevistas semi-estruturadas com os gestores da Farmácia Viva do Janguruçu (Fortaleza/CE); Farmácia Viva de Maracanaú (Maracanaú/CE) e Farmácia Viva da Universidade de Fortaleza (UNIFOR). As entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas tematicamente. A principais barreiras organizacionais identificadas foram: falta de insumos e matéria prima para o preparo dos medicamentos fitoterápicos e das preparações caseiras, como açúcar para preparo de xarope e a droga vegetal, devido à falta de recursos para a obtenção dos mesmos, e mão de obra insuficiente, ou seja, um quadro de profissionais reduzido para a realização de todos as etapas da cadeia produtiva da Farmácia Viva. Portanto, observa-se que operam fronteiras que levam a uma pequena visibilidade do Programa Farmácia Viva.

Published

2016-04-01