ANÁLISE DOS PRINCÍPIOS ATIVOS EM DIFERENTES EXTRATOS DE Fridericia chica

Autores

  • Walterly Moretti ACCORSI Laboratório Fármaco-Botânico Prof. Walter R. Accorsi Ltda. Me
  • Viviani Contarini Accorsi CARLA Laboratório Fármaco-Botânico Prof. Walter R. Accorsi Ltda. Me
  • Selma Guidorizzi PACHECO Faculdade Campo Limpo Paulista
  • Fernanda de Oliveira de Gaspari de GASPI Centro Universitário de Araras Hermínio Ometto
  • Lindolpho CAPELLARI JR. Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Universidade de São Paulo
  • Marigot Bellver NEGRI Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Universidade de São Paulo
  • Ana Carolina Motta MINOHARA Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Universidade de São Paulo
  • Emília Emiko TANAKA Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Universidade de São Paulo
  • Eduardo Araújo PARRO Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Grajiru, Fridericia chica, Planta Medicinal

Resumo

Índices econômicos apontaram que no Brasil o crescimento em fitomedicamentos aumenta em média 15% ao ano. Para a população distante de Centros de Saúde ou sem recursos para adquirir medicamentos, as terapias alternativas são as principais formas de tratamento, sendo as plantas medicinais as mais usadas, principalmente, sob a forma de infusão. Uma das espécies vegetais que representa este valor etnofarmacológico é aquela popularmente conhecida como “grajiru”, Fridericia chica (Bonpl.) L.G. Lohmann (Família Bignoniaceae), caracterizada por arbustos escandentes, folhas compostas com dois ou três folíolos oblongo-lanceolados, às vezes alguns modificados em gavinhas, 8-13cm compr., flores campanuladas, róseo-lilacinas em panículas terminais e fruto cápsula. A espécie é encontrada em todo o Brasil com maior ocorrência no sudeste, nos domínios de Cerrado e Mata Atlântica. Na Região Sul ocorre uma variedade com folíolos estreitos e longos, sendo talvez a mais cultivada para uso medicinal. Considerada anti-inflamatória, antimicrobiana e vulnerária é empregada no tratamento de doenças de pele, distúrbios gastrointestinais, leucemia, icterícia, anemia, albuminúria, psoríase e enterocolite. A ação cicatrizante do extrato hidroalcoólico das folhas em feridas foi analisada recentemente in vitro e in vivo em ratos, induzindo o crescimento de fibroblastos e agindo na síntese de colágeno, com resultados promissores. O objetivo desta pesquisa foi avaliar as concentrações de flavonoides e taninos dos diferentes extratos, comumente utilizados nas farmácias, por análises comparativas das quantificações espectrofotométricas. As coletas de folhas para este estudo foram realizadas no noroeste do Estado de São Paulo, município de Sud Mennucci. Cuidados com métodos de coleta, armazenamento e transporte foram efetuados para melhor conservação de suas propriedades naturais. Concluiu-se que estes diferentes extratos possuem flavonoides e taninos, porém o extrato hidroalcoólico (EH), extrato obtido por refluxo (ER) e extrato obtido por infusão (EI) possuem maiores concentrações e, preferencialmente, devem ser usados para fitocosméticos dermatológicos e outras formulações farmacêuticas.

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Publicado

01/04/2016