LEVANTAMENTO DO USO DE MEL COMO PRODUTO FITOTERÁPICO ENTRE OS AGRICULTORES FAMILIARES

Autores

  • Giovanni Ramos OLIVEIRA SAA - CATI/Casa da Agricultura de Ribeirão Preto
  • Gilcileia dos Santos RIZZATTI SAA - CATI/Casa da Agricultura de Sertãozinho

Palavras-chave:

fitoterapia, abelhas, saúde

Resumo

Este estudo teve como objetivo conhecer melhor os hábitos de consumo e conhecimento sobre o uso fitoterápico do mel, entre os agricultores familiares nos municípios de Ribeirão Preto, Sertãozinho, Pradópolis e Guatapará. Para isso foi elaborado e disponilizado um questionário (GoogleForms), durante o mês de março de 2022, com a finalidade de diagnosticar o uso de mel nesse grupo, visando posteriormente contribuir em ações de divulgação dos benefícios desse consumo e desenvolvimento de projetos de extensão rural da cadeia produtiva em questão. Foram obtidas recebidas 18 respostas de agricultores familiares, sendo que todos afirmaram ser consumidores de mel, somente 1 produtor de mel, 10 homens e 8 mulheres, 67% residindo no meio rural e 33% residindo no meio urbano, com 67% dos entrevistados na faixa etária de 40 a 59 anos. Quando perguntado a frequência de consumo 61% declarou consumo esporádico (mensal ou raramente) e apenas 39% declarou consumo frequente (diário ou semanal). Quando perguntado sobre os benefícios do consumo de mel 89% alegaram conhecer e 11% alegaram desconhecer. Quanto ao local de compra/aquisição do mel 61% disseram comprar em farmácias/supermercados, 33% direto com o produtor e os demais alegaram comprar de vendedores ambulantes. Quanto ao uso de mel 17% alegou fazer uso exclusivamente como medicamento e 28% em substituição ao açúcar. Quanto ao uso de outros produtos apícolas, própolis foi citado 16 vezes, geléia real 4 vezes e pólen 1 vez, sendo que 11% dos entrevistados não fazem uso de outros produtos apícolas. Quando questionados sobre os possíveis motivos do baixo consumo de mel pela população brasileira, 61% acha que se deve a desinformação sobre as propriedades e benefícios do mel, 22% acha que se deve ao preço, 17% acham que se deve a dificuldade na aquisição/procedência do mel. Com o resultado desse levantamento foi possível concluir que o uso fitoterápico de mel é baixo entre os agricultores familiares, e que se faz necessária ações de disseminação divulgação e desenvolvimento de projetos que estimulem o crescimento da produção da cadeia produtiva e os benefícios do mel e outros produtos apícolas a esse grupo.

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Publicado

01/06/2022